Mas afinal, o que se passa na Europa, mais concretamente com Portugal?
Que espécie de “União"...Europeia é essa? Mas, o que quer dizer “União”?
Suponho, que seja o acto ou efeito de “unir”. É uma ligação amigável de entreajuda, ou um “ajuntamento”, através de uma conformidade de esforços e de pensamentos; uma “harmonia” sã, etc. Mas, infelizmente, não é o que está acontecer na Europa e, muito menos connosco. Por cá, pelos vistos, estava e está tudo mal! Estamos todos a ser classificados como uma “cambada” de incompetentes, uns “borra-botas”, despesistas, “verbos de encher” e, acima de tudo, uns trapaceiros, burlões e “caloteiros”! Desde que a “Troika” tomou o poder e se viu amparada, apadrinhada, por um “leque” de lambe-botas subservientes, “arreganhou a taxa” e…toca ordenar contra tudo e contra todos, tomando as rédeas do poder, do direito de agirmos, de decidirmos e de mandar. Mais: tomou de assalto as nossas casas, os nossos terrenos, os Poderes Públicos desta República, legislativos, executivo e judiciário. Actualmente, são o nosso governo! São eles, os nossos “patrões”! Por essa razão, é que Portugal está entre os países europeus onde são mais acentuadas as desigualdades sociais. E a punição desta miséria é o pobre trabalhador, caído, marginalizado, vergado pelo pagamento de impostos, amedrontado com o dia de amanhã, a correr do bocejo doméstico para o antro, onde se envergonha de si mesmo.
Meus Senhores: somos dez milhões! Temos medo de quê? De quem? Onde estão os nossos Heróis, estes destemidos Portugueses de raça, Combatentes afoitos e aguerridos, “…Que da ocidental praia lusitana, / Por mares nunca dantes navegados, / Passaram ainda além da Taprobana, / E em perigos e guerras esforçados / Mais do que prometia a força humana, / E entre gente remota edificaram / Novo Reino, que tanto sublimaram”?
Onde estão esses nossos Mártires Paladinos Defensores? Será que os políticos nos dividiram, para puderem reinarem à vontade, sob o manto lustroso destes Nazistas?
O antigo afecto que nos Uniu e Une, é uma troca de sinais de respeito mútuo. Nunca falhámos um ao outro. Onde permanecia um português, estava sempre presente um lutador, um guerreiro…um Irmão! Porém, nesta revolução de injustiças, nesta “roubalheira” sem fim à vista, embelezada por uma democracia já frágil e doente, vai tendo um mérito: coar o orgulho de se transportar um valor moral. Apunhalaram a ética, pelas costas. Uma violenta selecção que alteia a fronte dos que se condenam a ser livres, carregando a palidez dos moluscos protegidos pelo lodo. Por entre esta corja de agiotas, escórias do oportunismo revolucionário, os germes perfeccionistas da convulsão formam um território moral e estético e inviolável. Aqui estão eles, permanentes, a violarem os nossos direitos e a nossa Constituição da República, guardados por esta cáfila de cobardes e pedintes.
Até quando?
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